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Uma postagem especial sobre o CAMPEONATO MUNDIAL JUVENIL, em Houston /EUA.
Um maravilhoso texto escrito pelo técnico da Seleção Brasileira
FÁBIO CECHIN.
O Campeonato Mundial Juvenil de Squash de 2024 marcou um retorno histórico para o Brasil, que participou do evento pela primeira vez em uma década no masculino e após 27 anos no feminino. A delegação brasileira foi composta por 11 jogadores, incluindo cinco meninas e seis meninos, além de dois treinadores dedicados. Este evento foi um marco não apenas para os atletas, mas também para o squash brasileiro como um todo.
O Mundial Juvenil de Squash 2024 enfrentou desafios significativos antes mesmo de começar. Dois dias antes do início do torneio, um furacão atingiu Houston, nos Estados Unidos, causando muitos danos à cidade. No entanto, apesar das adversidades, o evento começou conforme programado, mostrando a resiliência e a determinação dos organizadores e participantes.
A equipe feminina foi representada por Laura Silva, Gabi El-Marsy, Linley Grosman, Alix Borges e Luiza Niemeyer. No lado masculino, os representantes foram Isaias Silva, Caio Paiva, André de Almeida, Lucas Carlson Lucas Pitta e Matheus Frabetti. Com a liderança e orientação dos treinadores Fabio Cechin e Thaisa Serafini, a equipe se preparou intensamente para competir no nível mais alto.
Nos primeiros dois dias de competição, Fabio e Thaisa acompanharam seus jogadores em 16 jogos por dia, totalizando 32 jogos apenas na fase inicial. Ao longo da competição individual, os atletas brasileiros participaram de 49 jogos no total. Essa intensidade não foi extenuante apenas para os jovens jogadores, mas também para os treinadores, que se dedicaram incansavelmente para apoiar e orientar seus atletas.
Equipe Feminina
Equipe Masculina
A equipe feminina brasileira, composta por Laura Silva, Gabi El-Marsy, Linley Grosman e Alix Borges, enfrentou uma série de desafios na fase de grupos. Elas competiram contra equipes de Hong Kong, Índia, Austrália, Brasil e Taipei Chinês no Grupo D. A competição foi acirrada e, ao final da fase de grupos, o Brasil terminou em 4º lugar.
Essa posição classificou as brasileiras para a disputa na chave de 13º-14º lugar. Nessa chave, elas já entraram na 2ª fase (semifinais), aguardando o vencedor do confronto entre Alemanha e Taipei Chinês. O Brasil venceu a Alemanha e chegou à final da disputa de 13º-14º lugar contra a Colômbia, mas acabou perdendo por 2x1. Apesar da derrota, a equipe feminina alcançou a 14ª colocação, a melhor marca de uma equipe feminina brasileira no Mundial Juvenil, um feito histórico para as meninas.
No lado masculino, a equipe brasileira, formada por Isaias Silva, Caio Paiva, André de Almeida e Lucas Carlson, também enfrentou desafios significativos. Eles competiram no Grupo F contra Índia e Kuwait. Após partidas intensas, o Brasil terminou em 3º lugar no grupo.
Com essa colocação, a equipe masculina foi classificada para a disputa na chave de 17º-25º lugar. Eles foram colocados no grupo G3, juntamente com Guiana e Espanha. O Brasil derrotou a Guiana por 2x1, mas perdeu para a Espanha por 2x1. Em seguida, a equipe foi para a disputa do 20º lugar contra Alemanha e Macau China. O Brasil venceu ambos os países e terminou na 20ª posição, a segunda melhor campanha de uma equipe masculina brasileira no Mundial Juvenil, ficando atrás apenas da equipe composta por Guilherme Melo e Pedro Momesso em seu Mundial Juvenil.
A participação das equipes brasileiras no Campeonato Mundial Juvenil de Squash de 2024 foi marcada por conquistas significativas e momentos históricos. A equipe feminina alcançou a melhor colocação de sua história, enquanto a equipe masculina teve um desempenho notável, mostrando o potencial e a dedicação dos jovens atletas brasileiros no cenário internacional.
A participação brasileira no Mundial Juvenil de Squash de 2024 foi mais do que uma série de jogos; foi uma oportunidade de crescimento e aprendizado. Cada partida foi uma experiência valiosa, proporcionando aos jovens atletas a chance de competir contra os melhores do mundo e medir suas habilidades em um palco internacional. A determinação e o espírito de equipe exibidos pelos jogadores foram inspiradores, destacando o potencial do squash brasileiro no cenário global.
Laura Silva é um nome bem conhecido no squash brasileiro, mas sua participação no Mundial Juvenil de Squash 2024 elevou seu reconhecimento a um nível global. Este torneio não apenas destacou suas habilidades excepcionais como jogadora, mas também sua postura exemplar.
Laura sempre foi reconhecida por seu talento e dedicação ao esporte. No Mundial Juvenil de Squash 2024, ela mostrou mais uma vez por que é considerada uma das melhores jogadoras do Brasil. Enfrentando adversárias de alto nível, Laura demonstrou técnica, resistência e uma vontade inabalável de vencer. Cada partida foi uma prova de seu crescimento e desenvolvimento contínuo como atleta.
No entanto, o que realmente chamou a atenção de árbitros, treinadores e espectadores foi a postura de Laura dentro e fora das quadras. Sua atitude esportiva, respeito pelas adversárias e comportamento ético lhe renderam um reconhecimento especial. Laura foi escolhida por árbitros e treinadores como a vencedora do prêmio de "Sportsmanship", também conhecido como "Jogadora Limpa". Este prêmio é concedido àqueles que exemplificam os mais altos padrões de fair play e espírito esportivo.
Este reconhecimento é um reflexo não apenas das qualidades individuais de Laura, mas também dos valores que o squash brasileiro busca cultivar em seus atletas. A postura de Laura em quadra serve de exemplo para todos os jovens jogadores que aspiram a seguir seus passos. Seu comportamento ético e respeito pelas regras e adversárias elevam o padrão do que significa ser um verdadeiro esportista
O Mundial Juvenil de Squash é considerado um dos torneios mais longos e exigentes do calendário de squash, um fato confirmado pela equipe do SquashTV. Quando Fabio perguntou à equipe do SquashTV qual o torneio mais longo que eles cobrem, a resposta foi unânime: o Campeonato Mundial Juvenil. Esta resposta ressalta a intensidade e a duração deste campeonato, que testa não apenas as habilidades dos jovens atletas, mas também a capacidade dos treinadores de manter o foco e a energia ao longo de duas semanas de jogos contínuos.
Fabio Cechin e Thaisa Serafini desempenharam um papel crucial no apoio e orientação dos jovens jogadores brasileiros. Cada jogo representou uma oportunidade de ajustar estratégias, oferecer conselhos motivacionais e garantir que os atletas estivessem fisicamente e mentalmente preparados para enfrentar seus adversários. A carga de 85 jogos em 14 dias não foi apenas um teste de resistência física, mas também de habilidades de gestão de tempo e recursos por parte dos treinadores.
Leo Arozena representou o Brasil como árbitro no torneio, destacando-se pela sua imparcialidade e conhecimento profundo das regras do squash.
Raphael Shinckar, que trabalha para a USSQUASH, foi um dos principais organizadores do Mundial Juvenil de Squash 2024. Sua experiência e habilidades organizacionais foram essenciais para a coordenação e execução do torneio.
Este retorno ao Mundial Juvenil não apenas celebra o presente, mas também planta as sementes para o futuro do squash no Brasil. A experiência adquirida por esses jovens atletas e seus treinadores será fundamental para o desenvolvimento do esporte no país. Com o apoio contínuo e o investimento em talentos emergentes, o squash brasileiro tem um caminho promissor pela frente.
A presença brasileira no Mundial Juvenil de Squash de 2024 é um testemunho do progresso e da dedicação de todos os envolvidos. É um momento de celebração e de olhar para o futuro com esperança e ambição, impulsionando o squash brasileiro a novos patamares.
As inscrições do JUVENIL DE CURITIBA estão no site do SQUASH DO AMANHÃ
Participem desse torneio, temos que estar juntos!
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Mauricio Penteado
Fundador do SDA e criador da Escola do Squash
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