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9 de abril de 2024

SDA NEWS 012 - Entrevista Thaisa Serafini

Mauricio Penteado
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Entrevista com THAISA SERAFINI, nascida em Caxias do Sul, RS, atleta da Seleção Brasileira por muitos anos, Top 60 PSA, fala um pouco sobre sua história

 UP TO DATE 

Está definida a principal Seleção Brasileira que irá representar o Brasil no SUL-AMERICANO e PAN-AMERICANO, após uma semana de treinamentos e muitos jogos. Os vencedores, que ficaram com as duas vagas restantes, foram:

MASCULINO

  • GUILHERME MELO
  • RHUAN SOUZA

FEMININO

  • TATIANA BORGES
  • JULIANA PEREIRA

Eles se juntam aos pré-convocados: no masculino, DIEGO GOBBI e PEDRO MOMETTO; e no feminino, à LAURA SILVA e BRUNA MARCHESI.

Vamos torcer muito pela nossa seleção.

Vai, BRASIL!

ENQUANTO ISSO 

DIEGO GOBBI em ação no circuito Challenger Tour da PSA, essa semana, de 09 a 13/04, o RC PRO SERIES em St. Louis, EUA.

Será um torneio incrível para acompanhar. Veja a lista de ex-campeões sul-americanos SUB-19 que irão jogar:

  • Jeremias Azana
  • Diego Gobbi
  • Matias Knudsen
  • David Costales

E os vice-campeões:

  • Alejandro Enriquez
  • Andres Herrera
  • Josué Enriquez

E somam-se o campeão europeu Sub-19 de 2024:

  • Jonah Bryant

E teremos um dos torneios mais empolgantes da temporada.

FALA SÉRIO

O LONDON SQUASH CLASSIC da semana passada foi jogado em um formato diferente, com as primeiras rodadas tendo partidas de melhor de 3 games e, a partir das semifinais, em melhor de 5 games.

Isso muda muito a dinâmica do torneio, e vários pontos positivos podem ser avaliados.

Do ponto de vista do torcedor, você tem a oportunidade de ver vários jogos no mesmo dia, com partidas mais curtas, porém com alta intensidade, e os jogadores tendo que performar sem pensar em administrar games a seu favor.

Do ponto de vista do promotor, você tem um controle melhor do tempo dos jogos, o que deixa seu torneio sempre no horário e com intervalos interessantes para vender mercadorias, e o bar pode funcionar vendendo mais também.

Do ponto de vista dos patrocinadores, também vemos vantagens, pois conseguem aumentar o tempo dos intervalos para anúncios e promoções, com isso vendendo mais.

Agora ficou a questão do ponto de vista dos jogadores, que deve ser muito relevante. A dinâmica do jogo muda muito quando se reduz de melhor de 5 para 3, a que estavam acostumados a jogar, e quando, no meio do torneio, volta para melhor de 5, a mente e a tática têm que estar ajustadas para não se perderem e parecerem despreparados para essa mudança.

Algumas regras serão, com certeza, ajustadas nesse período até as OLIMPÍADAS. O SQUASH tem agora a melhor oportunidade para ser visto na televisão e ser muito atraente, dinâmico e cativar novos fãs.

Os novos tempos chegaram, os jogadores já estão reclamando menos com os árbitros e outros ajustes, com certeza, virão.

O SQUASH vai crescer. Estejam preparados para os novos tempos.

BRASILEIROS PELO MUNDO

THAISA SERAFINI ganhou seu primeiro Campeonato Brasileiro aos 20 anos, quebrando uma invencibilidade de KAREN REDFERN de 14 anos de títulos. Jogou no circuito PSA por mais de 10 anos, sendo Vice-Campeã PAN-AMERICANA em 2012, e nos concedeu essa entrevista diretamente de NY, onde trabalha como treinadora na OPEN SQUASH.

Você é de Caxias do Sul, RS. Como foi seu início no squash e quais são as diferenças que você vê hoje em dia no seu estado?

Sim. Na verdade, na época que comecei a jogar, em 1994, o squash no sul estava em alta. Tínhamos várias academias, campeonatos, juvenis jogando, inclusive atletas muito bons. Hoje, o squash no sul diminuiu muito. Acredito que com a chegada de alguns novos esportes e também a falta de estímulo, organização, enfim, uma série de pequenas coisas que não foram feitas durante os anos, acabou afetando o desenvolvimento no esporte. O Sul tem um grande potencial, mas acredito que hoje precisa ser feito um novo trabalho e começar tudo de novo.

Estive com você na academia onde trabalha em Nova York, a Open Squash, que fica a poucos quarteirões da Times Square. Como é seu dia a dia de trabalho e você arruma tempo para treinar também?

Bom, meu dia a dia aqui é corrido. Hoje, claro, o trabalho vem em primeiro lugar, também estou estudando para uma nova formação, e sim, continuo treinando, mas bem diferente de quando estava jogando profissionalmente. É uma fase diferente, então o treino também passou a mudar. Hoje, também trabalho com preparação física, então algumas coisas do meu treino passaram a ser voltadas também para isso. Na função de melhorar, aprender e ser capaz de poder cada vez mais ensinar e ajudar outras atletas e pessoas que procuram uma vida mais saudável.

O Vitor Crouin tem um patrocínio da Open Squash e, inclusive, em junho irá fazer uma clínica aí. Como começou essa parceria? Você me mostrou o novo projeto das novas quadras da academia. Quais são os planos futuros de expansão?

A Open Squash patrocina e tem parceria com alguns atletas, como Gina Kennedy, Ali Farag e Vitor Crouin. A Open Squash é um clube destinado a todos, então eles apoiam tanto atletas profissionais quanto programas para famílias que não têm muitas condições financeiras, facilitando o acesso ao esporte. A Open Squash tenta apoiar o máximo o esporte para que o squash continue a crescer e dar acessibilidade para as pessoas poderem praticar o esporte.

Ano passado você jogou um torneio, inclusive foi campeã, na quadra de vidro da Central Station, mesmo local do TOC de NY. Como foi essa experiência de jogar em uma das mais belas estruturas do circuito mundial? Você pretende jogar torneios esse ano da PSA?

Sim, joguei... foi demais. Sempre foi meu sonho jogar ali e foi realmente uma experiência incrível e muito divertida. Eu agora, como disse, estou me dedicando ao trabalho e estudos, então não estou mais jogando torneios da PSA.

Qual foi sua melhor posição no ranking da PSA? Que conselho daria para as jovens jogadoras do Brasil que estão começando a carreira, temos grandes nomes chegando do juvenil, como a Laura Silva e a Clara Braga. Você tem acompanhado as carreiras delas?

Minha melhor posição no ranking mundial foi 56. O melhor conselho que posso dar é trabalhem duro e nunca desistam. Persistam e acreditem sempre. Que tudo vai se ajeitando. Cada atleta tem uma história diferente, cada um com suas habilidades e dificuldades. O atleta que ama o que faz, trabalha duro com humildade, honestidade, disciplina e persistência, já é um vencedor. Não existe mágica. Existe esforço, disciplina, persistência e amor.

Sim, claro que sim. E elas vão longe, são meninas que têm todo potencial e um brilhante futuro pela frente. 🤩

Elas vão longe🚀

SAIDEIRA

Semana passada, a França ganhou pela primeira vez o torneio SUB-19 de Equipes Mistas no Campeonato Europeu, que aconteceu na Romênia, encerrando um domínio de 12 anos da Inglaterra. A França havia sido 10 vezes vice-campeã desde que o torneio começou a ser disputado em 1983.

Em 41 anos de história dessa competição, apenas 4 países foram campeões: Alemanha em 2006 e 2009, Suécia em 1983, França em 2024, e Inglaterra em todos os outros 37 anos.

Mauricio Penteado

Fundador do SDA e criador da Escola do Squash

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