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Entrevista com Eduardo Magalhães, técnico da Seleção Juvenil dos últimos 3 Sulamericanos e com uma vida toda dedicada ao Squash, carioca, com uma fala tranquila coloca seus pontos de vista de uma foram clara e cativante. Sempre muito calmo e consciente, participou e viu ao vivo muitas gerações de atletas brasileiros se desenvolverem. Estivemos juntos em muitos momentos e nossas conversas sempre foram muito construtivas com podem ver nesse rápido bate papo
Conta para gente como você se envolveu com o SQUASH, como sua família participou disso, sei que seu filho jogou muito bem também.
Comecei a jogar squash aos 18 anos, incentivado por um amigo que frequentava aulas e sempre me convidava para jogar com ele. Inicialmente, relutava, pois tinha assistido a um filme na televisão que me fez achar o esporte sem graça. No entanto, decidi experimentar e me apaixonei imediatamente. Passei a querer treinar todos os dias, e comecei a fazer aulas com três professores diferentes. Na época, eu recebia uma mesada e gastava tudo com o squash.
Em apenas oito meses, já jogava bem, mas sofri uma contusão na região lombar que me afastou do esporte por quase um ano. Foi durante esse período que conheci minha ex-esposa, a mãe dos meus filhos. Quando ela engravidou, a única habilidade que eu possuía era jogar squash, então comecei a dar aulas e segui uma carreira como professor e técnico do esporte.
Você teve várias passagens como treinador da Seleção Brasileira, poderia nos contra um pouco dessas experiências?
Na seleção brasileira de squash como técnico. Desempenho essa função com muita dedicação, orgulho e amor. Ao longo de 17 anos, participei de seletivas, Sul-Americanos e Pan-Americanos, tanto nas categorias adultas quanto juvenis. Essas experiências foram incríveis, onde tive a oportunidade de acompanhar grandes atletas do nosso país e observar o crescimento gradual do esporte. Embora enfrentemos muitos desafios, acredito que, com o esforço conjunto da confederação, federações, técnicos e pais, nossos atletas têm um futuro brilhante pela frente.
Após todos esses anos, como ficou o Brasil? Evoluímos ou regredimos em relação aos outros países?
Em relação a outros países não evoluímos muito, e apesar dos esforços e dedicação dos profissionais envolvidos, ainda não alcançamos o mesmo nível de desenvolvimento de outros países. Na América do Sul, o crescimento da Colômbia e do Equador, impulsionados por investimentos financeiros. Em contraste, no Brasil, enfrentamos a falta de patrocínios e apoio governamental adequado. Sem recursos financeiros suficientes, fica difícil competir com nações que possuem instalações de treinamento modernas, equipamentos de alta qualidade e financiamento para viagens internacionais. Aqui contamos com profissionais dedicados e sérios em nosso país, comprometidos em promover o desenvolvimento do squash. Acredito firmemente que, com o início do ciclo olímpico, há uma oportunidade de melhorar nossa situação, se tudo der certo, com determinação determinação e cooperação, podemos imaginar um futuro melhor para o squash brasileiro.
Esse é o seu 3o PANAMERICANO JUVENIL na sequência, o que podemos tirar de positivo e o que fazer para o ano que vem?
O Panamericano é uma competição muito forte, temos que enfrentar países como Usa e Canadá, sem falar dos países da América do Sul. Todos sabem que a nossa equipe principal estará disputando o mundial juvenil, mas tenho certeza que não faltará empenho, entrega e dedicação dos nossos atletas. Ano que vem, acredito que estaremos mais fortes, venho observando trabalhos incríveis das nossas federações, torneios juvenis com mais de 60 atletas, estamos vivendo o melhor momento da história com número grande de jovens que já estão treinando forte, para num futuro próximo representar o Brasil de forma competitiva.
Imagina que você recebesse muito dinheiro para investir no Squash. O que você faria? Que legado você deixaria após 4 anos? Se for deixar algo construído aonde seria e como seria gerido?
Desenvolver cinco centros de treinamento de alto rendimento em diferentes regiões do Brasil seria uma estratégia pioneira para impulsionar e democratizar a prática esportiva em todo o país. Ao investir em infraestrutura de qualidade e reunir profissionais capacitados, podemos não só elevar o nível do esporte, mas também fomentar a inclusão e descobrir novos talentos em todas as regiões. A busca por recursos através de patrocínios e leis de incentivo ao esporte seria essencial para garantir a sustentabilidade e o sucesso desses centros a longo prazo.
Veja a galeria com todas as fotos que o Squash do Amanhã tem do Eduardo Magalhães.
Mauricio Penteado
Fundador do SDA e criador da Escola do Squash
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