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Vamos conversar hoje com o RENATO PAIVA, filho do CARLOS e irmão do nosso querido CAIO.
O RENATO é líder e referência nos EUA de um grande projeto social na Califórnia.
Já ajudou no passado muitos a entrarem nas Universidades Americanas e conhece muita gente de prestígio por lá e no mundo.
Vamos conhecer uma das maiores personagens no Squash Brasileiro.
Como você acabou indo parar nos EUA desenvolvendo toda uma carreira de gestão de projetos sociais aí?
Minha carreira no squash começou no juvenil, onde comecei jogando em Campinas no antigo Squash Cleto. Me mudei para São Paulo e treinei com o Kiko Frisoni, quem sempre foi uma pessoa muito especial. Com 12 anos passei um período treinando no Canadá com o Sabir Butt, outra pessoa que me influenciou muito na carreira. Com 14 anos me mudei para a Inglaterra onde estudei e treinei. Tive a sorte de treinar no mesmo clube que ícones do squash inglês da época, como Chris Walker, Del Harris, Tony Hands e muitos outros. Voltei ao Brasil com 15 anos e estava jogando os torneios profissionais, antiga ISPA (agora PSA). Acabei me mudando com 16 anos para a Bahia onde tive a sorte de aprender a desenvolver o esporte como todo, não somente como atleta. Ajudei o desenvolvimento do squash no nordeste, abrindo quadras em Salvador, Aracaju, Maceió, São Luiz, entre outros locais.
Quando me mudei para os Estados Unidos com 24 anos, fui treinador na Califórnia por 6 meses. Fui contratado em 2004 para ser o técnico da Universidade de Harvard onde fiquei por 2 anos.
Me mudei em 2006 para San Diego para abrir o Access Youth Academy, uma organização que ajudas crianças carentes usando o squash como meio de entrar em grandes universidades nos Estados Unidos.
O Brasil é sempre um caso a parte porém temos alguns projetos sociais sendo bem feitos, como o SQUASHINHOS. Você tem algum projeto que já tentou aplicar por aqui? Alguma luz no horizonte?
Alguns anos atrás eu tentei montar um projeto social em SP, mas a burocracia e a sistema brasileiro de filantropia ainda muito atrás do existente aqui nos Estados Unidos.
Venho acompanhando o trabalho do Squashinhos e fico muito feliz de ver esse trabalho tão especial sendo feito no Rio. Espero que outros projetos sejam criados no Brasil e mais crianças possam conhecer e jogar squash.
As Olimpíadas serão aí na Californiana local da sua academia. Algum spoiler de aonde seria um local ideal para montagem das quadras?
As Olimpíadas sendo aqui em LA abre muitas oportunidades para o nosso esporte aqui no sul da Califórnia. O nosso centro em San Diego está sendo usado por alguns países, incluindo o USA como seu centro de treinamento na costa oeste.
As Olimpíadas serão somente 32 jogadores masculinos e 32 femininos, fazendo que com jogadores que não estejam entre os top do mundo tenham a chance de participar. Ainda não temos a definição de como serão as seletivas para cad região, mas acredito que os Jogos Pan-Americanos terão alguma influência na seleção para os Jogos Olímpicos em LA.
Com relação ao local das quadras em Los Angeles, isso ainda não foi definido. Provavelmente o squash será jogado em um local com outros esportes. Sabemos que serão duas quadras de vidro para as Olimpíadas.
No passado você trabalhou com com aplicações para faculdade, com o SQUASH sendo Olímpico as faculdades devem investir mais recursos? E a concorrência por essas vagas devem aumentar também né?
Não vejo uma relação direta entre os Jogos Olímpicos e o número de universidade que oferecem squash aumentar.
Vejo sim o nível do squash universitário americano continuando a crescer. Os estrangeiros serão sempre bem vindos a essas universidades, aumentando a competitividade.
Como está o crescimento do SQUASH nos EUA? Como você tem visto o Brasil? O que deveríamos fazer?
Aqui nos Estados Unidos o squash continua em forte crescimento, especialmente em alguns locais como Texas, Florida e Califórnia. Novos centros de squash estão sendo construídos, isso continuará influenciando o nosso crescimento.
Na minha opinião, os dois fatores que fazem o squash americano se destacar no cenário mundial são a gestão dos líderes a frente do US Open, e o nível dos técnicos.
Estou sempre observando o squash no Brasil. Estive em SP semana passada e conversei com o Waltinho sobre o lindo trabalho feita no Federação. A Federação Paulista está fazendo um trabalho excelente que deve ser parabenizado e replicado em outros locais.
Continue acreditando que o futuro do nosso squash está nos treinadores. Crianças irão jogar squash caso os nossos treinadores forem de inspiradores e competentes.
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