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Vamos falar nesta matéria sobre memórias, lembranças que devemos registrar para não esquecer. Hoje, tudo é digital; ninguém imprime fotos nem escreve cartas. Pelo menos temos a camisa do Pedro. Gosto de ter algo físico, palpável e não somente virtual, nas nuvens.
A semana passada passou voando, com dois grandes torneios, igualmente importantes para nós brasileiros. Tivemos um 9k em São Paulo e o Mundial.
Sobre o CAMPEONATO MUNDIAL
Um destaque dos nossos amigos argentinos foi ver Leandro Romiglio (#33) chegando na terceira rodada.
É fácil perceber a grande superioridade do Egito em relação aos demais países. Nas quartas de final entre os homens, dos oito atletas, cinco eram egípcios (se considerarmos ElShorbagy/Ing seriam seis) e do lado feminino, outras seis entre as oito.
O grande destaque foi o peruano Diego Elias (#4), o primeiro sul-americano a ser campeão mundial.
Vale a pena destacar toda sua história nesse torneio, em que perdeu apenas um game:
Do lado feminino, já tinha destacado em uma publicação passada a campanha de Nouran Gohar (#2) em outro torneio, quando venceu as melhores do mundo. Desta vez, não foi diferente; ganhou novamente de Nour ElSherbini (#1) na final por 3x1.
No nosso 9k do Pinheiros, foi importante aproveitarmos a oportunidade de ver de perto grandes atletas em ação. Tivemos a impressão de que jogam outro jogo, de tão rápidos que são.
Precisamos de mais Waltinhos, promotor do torneio e grande mecenas do squash, para conseguir patrocinadores. Somente assim conseguiremos trazer para o Brasil os melhores nomes do circuito mundial e nos acostumarmos a ver, aprender e entender como se joga squash.
Nossos atletas jogaram muito. Diego Gobbi parou na semifinal, mostrando que o trabalho dos últimos meses na Europa, com duas passagens por torneios nos EUA e Canadá, o fez melhorar muito física e tecnicamente.
O campeão acabou sendo nosso amigo paraguaio, que já veio tantas vezes ao Brasil, Francesco Marcantonio (#158), fazendo jogos impressionantes com viradas de partidas perdidas, mostrando a todos que não existe jogo ganho e que devemos lutar até o fim.
Laura Silva (#133), de apenas 16 anos, perdeu somente na final para uma surpreendente mexicana que não parava de correr e bater na bola. Todo mérito para Sarahi Lopez (#121), que não perdeu nenhum game no torneio.
Agora a caravana segue para Porto Ferreira, para a segunda etapa da 1ª GIRA BRASILEIRA.
Muitos que jogaram no Pinheiros agora se juntam a outros jogadores colombianos, paraguaios e equatorianos para esse torneio 3k (masc/fem).
Será que teremos brasileiros levantando a taça? Os cabeças de chave são Pedro Mometto e Laura Silva.
Torneio com muitos jogadores Sub-19 dos últimos sul-americanos agora se enfrentando no profissional. Vai ser muito emocionante.
Vou recomendar um grande filme que fez parte da minha geração: Blade Runner. Naquele tempo, o futuro era 2019. Dirigido por Ridley Scott (maratonem os filmes dele) e com trilha sonora incrível de Vangelis.
Uma frase nesse filme me marcou muito: quando o replicante Roy salva a vida de seu caçador Deckard e, antes de morrer, diz "memórias se perdem no tempo assim como lágrimas na chuva."
Vocês já repararam que Victor Crouin sempre registra suas partidas, principalmente as derrotas? Muitas das análises dele são interessantes porque são pensadas sobre o meio do jogo, na parte mental, no preparo e nas dúvidas que todos têm.
Digo isso porque aconselho a todos a terem um registro, um diário. Lógico que não precisam compartilhar nas redes sociais, pelo amor de Deus. Guardem isso para vocês, para um dia no futuro verem o quanto aprenderam e evoluíram, quantas verdades caíram por terra e quantas certezas ficaram.
Mantenham registros dos treinos, da sua rotina. Isso ajuda a controlar emoções e exercita um lado que ficou no tempo, quando as pessoas escreviam cartas à mão e enviavam para amigos e parentes.
Que tal cada um escrever uma carta para um amigo e colocar no correio agora?
De quebra, aconteceu um Satelyte de 1k em Ponta Grossa.
Alguns atletas eliminados precocemente no torneio do Pinheiros foram até lá para aproveitar essa oportunidade de somar pontos no ranking PSA e ganhar mais alguns dólares.
A final foi entre Murilo Penteado (Bra) e Javier Romo (Ecu), reeditando a semifinal do último Sul-Americano Juvenil em Brasília/24.
Romo
venceu por 3x2, mas estamos cada vez mais perto.
Mauricio Penteado
Fundador do SDA e criador da Escola do Squash
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